segunda-feira, 25 de julho de 2016

Romance erótico de mais de 4 mil páginas

2 Hoje vim apresentar um livro bem polêmico, que bate qualquer romance erótico que você já tenha lido. Um livro que não li ainda, mas que achei muitíssimo interessante pelo fato de ser cercado de mistério sobre o autor e da polêmica acerca dos fatos contidos na obra.



Minha Vida Secreta - My Secret Life - é o diário de um senhor descrevendo sua vida sexual e suas experiências na Inglaterra Vitoriana. Foi publicado em 11 volumes particulares por 7 anos começando em 1888. O diário possui mais de um milhão de palavras e 4 mil páginas. A obra é considerada extremamente repetitiva de desorganizada.

Mas o fato de ser uma obra que revela uma vida incomum e "suja"  para a época e que muitos acabam escondendo esse lado mais pervertido de seus amigos e família, o torna muito valioso para os historiadores.

Foi descrito como:


"Um dos livros mais estranhos e mais obsessivos já escrito"
Patrick J. Kearney (1982) A History of Erotic Literature. Parragon: 127



A edição acima foi editada por G. Legman, publicado em 1966 em Nova Jersey pela editora Castle Books e possui todos os onze volumes. Ele está custando cerca £1,200.00 neste site aqui, deixarei algumas fotos desta edição, mas recomendo darem uma olhada no site. 

 

O AUTOR?

Não se sabe o verdadeiro nome do autor, Walter foi o nome escolhido depois de várias pesquisas, mas Henry Spencer Ashbee é mais citado como possível autor (21 April 1834 – 29 July 1900). Ele era um notável colecionador de livros, escritor e bibliógrafo e uma antiga autoridade a respeito de literatura erótica. Se ele não foi o autor, pode ter sido quem compilou a obra e providenciou ajuda editoral para que o livro fosse publicado. Gershon Legman foi o primeiro a ligar "Walter" e Ashbee em sua introdução em 1962 das reimpressões de bibliografias de Ashbee. Em 1966 a edição da Grove Press de My Secret Life incluía uma versão expandida do o ensaio de Legman a respeito de sua teoria. Por outro lado Steven Marcus, em sua influente obra "Os Outros vitorianos (1966)", concluiu que o equilíbrio de fatos conhecidos não era a favor de Legman.

Nada se sabe sobre o autor além do que ele escreveu sobre si mesmo no livro, sabe-se já no começo do livro, que ele foi abusado pela sua empregada, O trecho que traduzirei abaixo é bem pesado e nojento, leia por sua própria conta e risco. Mas não recomendo menores de 15 anos. O trecho foi retirado do primeiro capítulo do primeiro volume que está disponível aqui.

My earliest recollections of things sexual are of what I think must have occurred some time between my age of five, and eight years. I tell of them just as I recollect them, without attempt to fill in what seems probable. She was I suppose my nursemaid. I recollect that she sometimes held my little prick when I piddled, was it needful to do so? I don't know. [...] Then I was in our house in a carpeted room with her; it could not have been the nursery I know, sitting on the floor with my toys, so was she; she played with me and the toys, we rolled over each other on the floor in fun, I have a recollection of having done that with others, and of my father and mother, being in that room at times with me playing. She kissed me, got out my cock, and played with it, took one of my hands and put it underneath her clothes. It felt rough there, that's all, she moved my little hand violently there then she felt my cock and again hurt me, I recollect seeing the red tip appear as she pulled down the prepuce, and my crying out, and her quieting me. [...]

Em Português:
Minhas primeiras memórias do que coisas sexuais são, devem ter ocorrido em algum momento entre os meus cinco e oito anos de idade. Eu as conto como eu as lembro sem tentativa de preencher no que parece provável. Ela era, eu suponho, minha empregada. Eu lembro que elas às vezes segurava o meu pinto quando eu urinava, era necessário? Eu não sei. [...] Então eu estava em nossa casa em um tapete na sala com ela, não era o quarto das crianças*, eu sei, sentado no chão com meus brinquedos, e ela brincou comigo e os brinquedos, nós rolamos sobre o outro no chão se divertindo. Eu me lembro de ter feito isso com outros, com meu pai e minha mãe, eles estiverem naquela sala às vezes comigo brincando. Ela me beijou, pegou meu pinto e brincou com ele, pegou uma de minhas mãos e colocou embaixo de suas roupas. Tinha uma sensação aspera, isso é tudo, ela moveu minha pequena mão violentamente e então ela tocou meu pinto e de novo me machucou. Eu me lembro de ver o topo vermelho aparecer conforme ela puxava para baixo o prepúcio** e eu chorava e ela me calava. [...]
*nursery - quarto das crianças
**prepúcio - pele que recobre o pênis 


Como podem ver, é horrível e chocante. Depois disso nenhum romance erótico me deixa chocada. Acredito que este abuso possa ter incentivado a forma como o rapaz vê o sexo, mas não li muito além do primeiro capítulo e como vocês viram, o livro é enorme! Além disso, não se sabe o que é verdade e o que é ficção, o que acham?

Nenhum comentário:

Postar um comentário